XIV SEMANA DE ANTROPOLOGIA E ARQUEOLOGIA - UFPR
Saberes e Existências em Diálogos
18 a 22 de setembro de 2023
Minicursos e Oficinas
Caminhos de Peabiru: Arqueologia, turismo e desenvolvimento sustentável
Minicurso 1 - Presencial
Neste milênio os Caminhos de Peabiru emergem como potencial cultural, histórico, ecológico e turístico, outrora, reprimidos. Apagados pela urbanização, agropecuária e desmatamento, tais caminhos deixaram poucos vestígios materiais: eis que a Arqueologia surge como uma variável plausível a demarcação destes e (re)conhecimento dos povos que o orbitaram.
Afinal, o que são os Caminhos de Peabiru? Quem os construíram? Por onde passavam? Quem os utilizaram? Por que não o vemos? Por onde passavam em Santa Catarina? E no Paraná, São Paulo, Mato Grosso e países fronteiriços? Porque a história colonial os apagaram dos livros? Como utilizá-los de forma sustentável no Turismo? Porque não são presentes nos currículos escolares, nas ementas dos cursos superiores? Articulados a Arqueologia e a Antropologia sob o olhar decolonial estes serão os norteadores basilares deste minicurso.
Ministrante
Ms. Arleto Pereira Rocha
Controlador Interno do Município de Peabiru e Coordenador do Projeto Caminhos de Peabiru: História, Cultura e Turismo. Doutorando em Antropologia e Arqueologia (UFPR) e Mestre em Historia (UEM).
Noções básicas de fotografia em estúdio
Minicurso 2 - Presencial
Curso destinado a Arqueólogos, Conservadores, Museólogos e demais profissionais que trabalham com acervos culturais. Serão abordados temas como: equipamentos, iluminação, enquadramento, foco, controle de cor e contraste, qualidade de imagem, etc.
É necessário trazer câmera ou celular para as atividades práticas.​
Ministrante
Douglas Fróis
Fotógrafo com 22 anos de experiência. Formado em Tecnologia em Fotografia pela Universidade Tuiuti do Paraná. Desde 2010 é fotógrafo do Museu de Arqueologia e Etnologia da UFPR.
Curso de Conservação de Bens Culturais do MAE -UFPR
Minicurso 3 - Presencial
Conceitos gerais sobre conservação preventiva, conservação curativa e restauro; Prática em laboratório de manuseio e conservação do acervo.
Horário: 08:30 até 12h
12 Vagas
Ministrante
Renata Domit
Graduada em História pela UFPR e especialista em Conservação e Restauro pelo CECOR-UFMG.
Ministrante
Ana Luisa de Mello Nascimento
Bacharel em Museologia pela UNIRO, Mestre em História pela UFPR. Atua como Museóloga do MAE-UFPR desde 2011.
Ministrante
Tamara Fernanda Carneiro Evangelista
Graduada em Museologia pela UNIRIO, Especialista em Cinema pela UNESPAR e Mestre em Cinema e Artes do Vídeo também pela UNESPAR. Museóloga responsável pelas Ações Educativas do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade Federal do Paraná - MAE UFPR, desde 2016.
Modelagem Preditiva na Arqueologia
Minicurso 4 - online
O minicurso é dedicado a estudantes e profissionais da arqueologia que possuam interesse na aplicação de técnicas de modelagem preditiva e análise de dados espaciais na arqueologia. Será dado um enfoque na modelagem preditiva como forma de avaliação inicial de áreas de estudo e como ferramenta de apoio às atividades de prospecção. A capacidade de identificar áreas de localização de sítios arqueológicos é um interesse bastante antigo da arqueologia. O desenvolvimento de técnicas estatísticas para identificar e quantificar a probabilidade da presença de sítios tem origem nas décadas de 1970, com objetivos práticos de mapeamento e avaliação de áreas não-prospectadas na Europa e Estados Unidos. O refinamento das abordagens teóricas e dos softwares de análise espacial e estatística catalisaram o crescimento dos modelos preditivos, resultando na criação de diferentes teorias de modelagem. Os modelos preditivos podem ser classificados em dois tipos: dedutivos e indutivos.
Operando com diferentes bases teóricas, neste minicurso iremos explorar os conceitos e praticar análises em ambas as abordagens. Para além da aplicação das técnicas também iremos avaliar quantitativamente a precisão e acurácia dos modelos produzidos. Todas as atividades serão realizadas com o uso do R para análises estatísticas e o QGIS para a análise e modelagem espacial. Estes softwares são gratuitos e de fácil acesso e uso. Apesar de recomendado um conhecimento mínimo sobre estatística e geoprocessamento, será feita uma introdução aos participantes aos temas e softwares na introdução do curso.
20 Vagas
Requisitos para participar do minicurso:
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Baixar antecipadamente o software do QGIS, R e RS Studio.
Versão indicada para o QGis: 3.28 Firenze.
Seguem abaixo os links para download de todos os softwares necessários:
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Ministrante
Ms. Henrique de Sena Kozlowski
Doutorando e Mestre em Arqueologia pelo Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo, com pesquisa sobre modelagem baseada em agentes, modelagem preditiva e análise espacial arqueológica de populações sambaquianas. Possui Licenciatura e Bacharelado em Geografia pela Universidade Federal do Paraná. Possui experiência nas áreas de: Arqueologia, com foco em análise de material lítico e Sistemas de Informação Geográfica aplicada à Arqueologia, Modelagem Preditiva, Modelagem Baseada em Agentes na Arqueologia, Arqueologia de Sambaquis, Arqueologia Jê Meridional, e Geografia, com foco em educação patrimonial e geografia cultural.
Filme Experimental e Antropologia
Oficina - Presencial
Cinema sem câmera, Cinema material, Cinema reciclado, Cinema de apropriação.
A oficina se propõe apresentar o que é filme experimental e sua importância para a antropologia e etnografia. Observar na cultura material os processos de ressignificação de formatos e seus usos predestinados. Disciplina híbrida, entre o cinema, as artes plásticas e seus usos possíveis na antropologia visual. Reciclar/ Ressignificar a materialidade das imagens. Criar uma reflexão sobre as representações padronizadas do mundo pela indústria cinematográfica. Recuperar o terreno das imagens públicas para uso pessoal através de arquivos. Imagens que compõe uma antropologia da ausência ou transcendência que materializam memória coletiva e individual enquanto potencialização dos mortos, daqueles que “se foram”, em modos de existência diversos do vitalismo a partir de Souriau, Latour, Vinciane Despret e Kopenawa.
Breve histórico do cinema de reapropriação. Referências: Pioneiros e contemporâneos. Introdução ao material fílmico. O Projetor: projeção exemplificativa. Montagem artesanal: como usar a coladeira. Apresentação de técnicas e materiais. Os participantes terão acesso a diversos tipos de materiais de arquivo de diferentes formatos nos quais desenvolverão exercícios ativos para estimular a investigação e desenvolvimento dos conceitos vistos na aula anterior. Projeção do material: Uma vez finalizada a aplicação prática, o material gerado é revisado e montado para projeção. Após projeção discutiremos os resultados e dúvidas de cada participante.